Estudos Bíblicos
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<p>Revista oficial da ABIB – Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica</p> <p>ISSN: 2764-1287 (eletrônica) 1676-4951 (impressa)</p> <p><a href="http://www.abib.org.br/estudosbiblicos">www.abib.org.br/estudosbiblicos</a></p> <p>Contato: <a href="mailto:revista@abib.org.br">revista@abib.org.br</a></p> <p>____________________________</p> <p>ABIB - Associação Brasileira de Pesquisa Bíblica</p> <p>CNPJ: 08.258.860/0001-31</p> <p>Av. Brigadeiro Luís Antônio 993, Sala 205 / CEP: 01317-001 / São Paulo – SP</p> <p><a href="http://www.abib.org.br">www.abib.org.br</a></p> <p><strong>_____________________</strong></p> <p><strong>Diretoria da ABIB</strong></p> <p><em>Presidente:</em> Antonio Carlos Frizzo</p> <p><em>Vice-presidente:</em> José Luiz Dietrich</p> <p><em>Primeiro secretário:</em> Kenner Roger Cazotto Terra</p> <p><em>Segundo secretário:</em> Fabrizio Zandonadi Catenassi</p> <p><em>Primeiro tesoureiro:</em> Cleodon Amaral de Lima</p> <p><em>Segunda tesoureira:</em> Zuleica Aparecida Silvano</p> <p><em>Vogal:</em> Lilia Dias Marianno</p> <p> </p>Associação Brasileira de Pesquisa Bíblicapt-BREstudos Bíblicos1676-4951Expediente - v. 40, n. 149 (2024).
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<p>Expediente - v. 40, n. 149 (2024).</p>Estudos Bíblicos
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2024-10-082024-10-084014912Um panorama geral para estudo do Livro de Ezequiel
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1017
<p>O presente estudo é fruto de intervenção no III Congresso Bíblico-Teológico da PUC Goiás, realizado de 03 a 07 de junho de 2024 na Escola de Formação de Professores e Humanidades, iluminado pela temática do Mês da Bíblia de 2024 proposta pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil: “Porei em vós meu espírito e vivereis” (Ez 37,14). Objetiva-se fornecer uma pista de leitura no aprofundamento da profecia de Ezequiel, por meio de leitura bibliográfica e hermenêutica, revisando pontos importantes da temática. O(a) leitor(a) encontrará discussões sobre a composição literária, relação do autor com o livro, teologia ezequieliana e pontos que tocam a atualidade do livro e sua profecia. Considera-se que a profecia de Ezequiel é uma das mais atuais no tocante a diversas questões espirituais e políticas enfrentadas pela humanidade em nosso tempo, sobretudo quando o mesmo se destaca como um dos maiores reformadores da religião no contexto bíblico.</p>Narcélio Ferreira de Lima
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2024-10-082024-10-084014961910.54260/eb.v40i149.1017Ezequiel: um exilado entre os exilados
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1014
<p>Neste artigo, acompanha-nos o objetivo de demonstrar como Ezequiel e sua mensagem ajudam o povo exilado a incorporar o significado do exílio em sua identidade religiosa. Para isso, recuperaremos alguns dados sobre o Exílio na Babilônia, evento ocorrido no séc. VI a.C., alguns paralelos com o caminho pelo deserto após o evento fundante do Êxodo e a ocorrência do motivo do desenraizamento em outros textos bíblicos. Isso oferecerá uma pista de atualização para a profecia, contribuindo à compreensão da figura do profeta ontem e hoje como alguém que é chamado a viver o exílio com seu povo, a viver como exilado entre os exilados de seu tempo.</p>Mariana Aparecida Venâncio
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2024-10-082024-10-0840149203210.54260/eb.v40i149.1014Ai daquele que dizer haver paz quando não há paz: apontamentos hermenêuticos sobre a contemporaneidade à luz de Ezequiel 13,1-16
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1013
<p>O presente artigo propõe uma análise da perícope de Ezequiel 13,1-16, a partir de seu contexto, qual seja o exílio babilônico, para que sirva de paradigma à realidade contemporânea. Ezequiel é um sacerdote que se torna profeta, sua tarefa é denunciar seus conterrâneos, profetas que pronunciavam a paz quando não havia paz. No texto a intenção e os benefícios obtidos pelos falsos profetas são expostos e recebem os oráculos divinos. Da mesma forma, em nossos dias, há muitos profetas propagando a paz de viver em meio ao consumismo extremo, ao enriquecimento individual frente ao empobrecimento das massas, ao desempenho profissional como forma de sucesso ainda que se perca a alma e o espírito para isso. Para essa análise utilizou-se da pesquisa bibliográfica, qualitativa e hermenêutica.</p>Mariana Eugenio Schietti
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2024-10-082024-10-0840149334410.54260/eb.v40i149.1013Ez 25,15-17 e a aplicação da lex talionis aos filisteus
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1007
<p>Oráculos de condenação, voltados para os gentios, são comuns nos escritos proféticos. São entendidos, geralmente, em função dos desígnios salvíficos de YHWH a favor de Israel, constituído nação santa e reino de sacerdotes (Ex 19,5-6). Contudo, a visão universalista do domínio de YHWH ofereceria uma linha de interpretação mais condizente e abrangente sobre esses oráculos. Por este prisma, se procedeu com a verificação da aplicação da <i>lex talionis</i> por YHWH, como <i>gō’ēl</i>, contra os filisteus em Ez 25,15-17, a fim de se perceber os critérios e os argumentos que o profeta Ezequiel utilizou para revigorar a fé e a esperança depauperadas nos exilados. Ao texto foram aplicadas abordagens diacrônicas e sincrônicas. Por meio destas, foi possível constatar a boa qualidade do texto transmitido em hebraico, cotejado, em particular com a Septuaginta e a Vulgata, bem como delimitar, estruturar e classificar o texto quanto ao gênero literário. Tais procedimentos e seus resultados permitiram obter o possível sentido pretendido pelo profeta, verificando a pertinência da sua mensagem em consonância com a forma final do livro e com outros elementos narrados nos outros <i>corpora</i> da Bíblia Hebraica.</p>Leonardo Agostini Fernandes
Copyright (c) 2024 Leonardo Agostini Fernandes
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2024-10-082024-10-0840149455510.54260/eb.v40i149.1007Ezequiel 28 em perspectiva histórico-traditiva
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1012
<p>O artigo analisa o oráculo e lamento de Ezequiel 28, 1-10 + 11-19 a partir de uma perspectiva histórico-traditiva, buscando na cultura literária, mítica e religiosa médio-oriental e mediterrânea elementos que contribuíram para a linguagem divina do texto. Apresenta uma tradução, usada como base na discussão das tradições. Descreve a presença do motivo literário da <i>hybris</i> contra os deuses, exemplificado em mitos gregos, na epopeia de Gilgamesh e na Bíblia Hebraica. Associa o texto de Ez 28 com as tradições de Melqart, herói divinizado de Tiro que possuía função civilizatória, com destaque para a expansão comercial. Interpreta o texto, também, à luz de um possível “mito do primeiro humano” hebraico subjacente a Ezequiel 28, Gênesis 2-3 e Jó 15,7-8, articulando a <i>hybris </i>com os temas da sabedoria e mortalidade. Por fim, demonstra a articulação com as tradições judaítas do templo, tendo a figura dos <i>kerubim </i>como elemento central.</p>Lucas Merlo Nascimento
Copyright (c) 2024 Lucas Merlo Nascimento
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2024-10-082024-10-0840149566810.54260/eb.v40i149.1012Lobos em pele de cordeiro: leitura de Ezequiel 34,1-10 a partir dos olhares das vítimas
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1025
<p>Este artigo propõe uma análise teológica do texto de Ezequiel 34,1-10 a partir do olhar das vítimas. Ali, Deus em pessoa decide ocupar o lugar deixado pelos pastores/reis e colocar um fim definitivo à dor do exílio. Yhwh, o verdadeiro bom pastor, interessado e preocupado com o rebanho, poderá fazer o rebanho viver em paz e em bem-estar. Se a força de Deus era notada na História Deuteronomista pela arca indo à frente das batalhas para garantir vitória, Ezequiel 34,1-10, ele vai à frente das ovelhas, como um escudo protetor. A injustiça toca o coração de Deus e o veste de juiz para fazer reinar o direito sobre o povo. A mensagem soa bem para os exilados: mesmo em terra estrangeira e sob os rumores do abandono de Yahwh, eles continuam sendo chamados por Deus de “minhas ovelhas”. Para isso, suscitará uma autoridade que possa eliminar a exploração e opressão do povo por uma classe privilegiada. Essa autoridade política deverá se colocar a serviço do povo anunciando assim uma nova era de paz e de prosperidade para o povo fraco e empobrecido.</p>Fabrizio Zandonadi CatenassiLuiz Alexandre Solano Rossi
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2024-10-082024-10-0840149697910.54260/eb.v40i149.1025Um dos mais belos textos da Bíblia, do ponto de vista literário e bíblico-teológico: Ezequiel 37,1-14
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1010
<p>Ezequiel exerceu o seu ministério em um dos mais trágicos contextos da história de Israel: viu desaparecer o reino de Judá sob o domínio do Império babilônico e foi deportado para a capital Babilônica com as elites de Jerusalém. Nesse cenário desesperador, foi chamado a profetizar. A narrativa da visão do vale repleto de ossos ressequidos expressa o desafio da missão. Este artigo tem como objetivo analisar Ez 37,1-14 do ponto de vista literário, buscando abstrair a mensagem teológica. A metodologia utiliza recursos da análise literária do texto, para levantar aspectos históricos e alguns aportes teológicos relevantes. Autores da área dos estudos bíblico-teológicos como José Tolentino de Mendonça, em sua obra “Leitura Infinita. A Bíblia e sua Interpretação”, do campo epistemológico da Literatura, como Salvatore D’onofrio, e especificamente da exegese bíblica, como Alonso Schokel e Sicre Diaz, foram pesquisados e serviram como referencial teórico. Os resultados apontam para três aspectos relevantes: 1) a urgência de uma “ecologia integral” em que a dignidade de cada pessoa se expressa em sua responsabilidade com a restauração e promoção da vida numa dimensão holística; 2) A revelação de IHWH não só como o Deus de Israel, mas também como o Deus da Vida no aqui e agora do tempo que se chama “hoje”; 3) a interpelação para que cultivemos em nossa espiritualidade uma experiência mística não alienada. Enfim, o texto estudado e o livro de Ezequiel é, portanto, muito relevante para os estudos bíblicos no contexto atual de tantas guerras, cataclismos e desesperança generalizadas.</p>João Luiz Correia JúniorFabiana Câmara Furtado
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2024-10-082024-10-0840149809310.54260/eb.v40i149.1010O equilíbrio socioambiental: sinal de esperança em Ezequiel 47,1-12
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1016
<p>A profecia de Ezequiel contempla a dor e a angústia dos sofrimentos dos exilados; ao mesmo tempo, lança no horizonte sinais de esperanças de uma nova relação entre Deus e seu povo, capaz de substituir a presente situação de apatia e morte por vida plena. A visão da fonte que jorra do Templo restaurado, descrita no capítulo 47 do livro de Ezequiel, constitui um destes sinais de esperança. Uma visão esplêndida que transparece elementos de similaridade com a narrativa da criação em Gênesis 2, e transforma um exaustivo relato descritivos de um plano arquitetônico da reconstrução do Templo (Ez 40-48), em novas perspectivas da recriação da relação primordial entre Deus-humanidade- criação. Diante do atual cenário social e ambiental, a profecia de Ezequiel ganha novas matizes e impulsiona reflexões capazes de contribuir com ações de proteção e equilíbrio socioambiental. Ezequiel ao vislumbrar um novo Templo, vislumbra também uma nova sociedade, que se vivifica pela relação de fidelidade com Deus e os compromete com a construção de novas relações garantidoras da vida. Relações que perpassam pelo direito da Terra, das demais espécies por um ambiente seguro e equilibrado, direito da comunidade humana pela seguridade alimentar, nutricional, laboral, cultural e religiosa. Relações que perpetuam a integridade e interconectividade dos elementos ecossistêmicos às gerações vindouras. O Profeta Ezequiel nos compromete com a promoção de um novo mundo, de justiça, de paz e de equilíbrio socioambiental.</p>Érica Daiane Mauri
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2024-10-082024-10-08401499410110.54260/eb.v40i149.1016Editorial. Dossiê: Leituras exegéticas, teológicas e contextuais de Ezequiel
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1027
<p>Coordenadores: Luiz Alexandre Solano Rossi e Fabrizio Zandonadi Catenassi</p>Luiz Alexandre Solano RossiFabrizio Zandonadi Catenassi
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2024-10-082024-10-084014935O encontro com o Ressuscitado: Uma análise exegética de Lc 24,36-49
https://revista.abib.org.br/EB/article/view/1008
<p>A ressurreição de Jesus é a afirmação central da fé cristã. Há diversos relatos nos Evangelhos sobre a ressurreição e aparição de Jesus a diversas pessoas, como também em 1Cor 15,3-8. Na história da ressurreição, segundo Lucas, a aparição do Ressuscitado acontece na própria cidade de Jerusalém, na tarde do mesmo dia em que se descobre o túmulo vazio. Os dois discípulos que regressaram de Emaús, enquanto relatam aos outros a própria experiência, testemunham junto aos demais a aparição de Jesus Ressuscitado à célula germinativa da comunidade cristã, uma igreja doméstica composta pelos seus seguidores, reunidos num clima de espanto, dúvida e descrença (Lc 24,36-43). Jesus se dá a conhecer, mostra suas mãos e pés com os sinais da crucifixão e pergunta se eles têm alguma coisa para comer. Oferecem-lhe um pedaço de peixe assado; ele o toma e come diante deles. Lucas é o único evangelista a informar que o Ressuscitado toma uma refeição. Novamente Jesus faz os discípulos entenderem que ele cumpre as profecias. A totalidade da Sagrada Escritura conduz para Jesus e aos eventos a ele relacionados; então, ele envia os discípulos em missão. O testemunho e o anúncio devem começar por Jerusalém. O Evangelho de Lucas converge para Jerusalém, e a metade do Evangelho narra o caminho para lá (Lc 9,51–19,47). É em Jerusalém que Jesus dá o testemunho e é ali que começa também o testemunho dos discípulos; depois disso, deve este testemunho chegar a todos os confins do mundo (At 1,8).</p>Waldecir GonzagaWagner de Sousa Andrioni
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2024-10-082024-10-084014910212210.54260/eb.v40i149.1008