O livro de Isaías em grego: o tradutor-intérprete da Hazôn Yešayahu / visão de isaías
Palavras-chave:
Tradutor-intérprete, Isaías em grego, Atualização da escatologia profética, Messias, Servo, UtopiaResumo
A transposição dessa grande obra da escatologia profética da Bíblia Hebraica para a língua grega revela um único tradutor com seus vínculos comunitários num determinado lugar histórico, perseguindo uma intencionalidade singular junto a seu público leitor e ouvinte. Sua competência de tradutor e intérprete da palavra profética isaiana e de seus complementos redacionais o faz transitar com liberdade entre o mundo da cultura judaica e o universo da cultura helenística representado pelo Egito ptolomeu do séc. II aC; escreve um grego koinê de bom nível com fluência e estilo, dando à Visão de Isaías com seus 66 cap. a unidade literária não existente no seu texto-base em hebraico. Seus mestres foram os redatores de notas explicativas, ainda escritas em hebraico, ensinando-lhe a arte de atualizar o legado isaiano e de seus discípulos para seus respectivos contextos. Além de tradutor, livre da escravidão à letra hebraica, ele crê na palavra profética, prenhe de sentido, que ultrapassa o momento de sua primeira
edição e a vincula à comunidade de fé de seu tempo. Esse ponto de partida hermenêutico é testado, pontualmente, no Isaías da Septuaginta; uma vez nos rastros deixados ao longo de sua tradução como pessoa inserida na comunidade judaica egípcia; uma segunda vez, os poemas messiânicos e o quarto cântico do servo são submetidos ao mesmo teste.
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