O fundamentalismo
Keywords:
Fundamentalismo ingênuo, Fundamentalismo perverso, Absolutismo, “Verdades divinas”, Método histórico-críticoAbstract
Partindo de um fato corriqueiro, o artigo aponta para o absurdo da leitura fundamentalista ingênua. Logo em seguida aborda o fundamentalismo intencional e perverso, que se serve da interpretação ingênua e literal da Escritura para justificar preconceitos sociais, raciais e nacionais, guerras, fabricação e comercialização de armas e degradação do meio ambiente. Para conduzir ao entendimento do fundamentalismo ingênuo, que não deixa de ser radical e absolutista, o artigo percorre a história da interpretação da Sagrada Escritura desde as releituras encontradas na mesma Escritura, passando pelos Santos Padres, pela Reforma e Contrarreforma e chegando ao Iluminismo e ao estabelecimento do método histórico-crítico, com as reações e consequências que provocou. A mais grave reação foi a oficialização dos cinco princípios fundamentais que têm como alicerce a interpretação literal unívoca e absoluta. O fundamentalismo não admite método algum de interpretação nem os condicionamentos humanos dos autores. É uma busca de segurança em meio ao conflito das interpretações. Salva-se apenas a importância dada ao texto.
References
BARR, J. A compreensão fundamentalista da Escritura. Concilium/158: 1980/8.
DIAS DA SILVA, C.M. Metodologia de exegese Bíblica. 2. ed. São Paulo: Paulinas, 2003.
DREHER, M.N. Bíblia: Suas leituras e interpretações na história do cristianismo. São Leopoldo: Sinodal, 2006.
FITZMYER, J.A. A Bíblia na Igreja. São Paulo: Loyola, 1997.
Pontifícia Comissão Bíblica. A interpretação da Bíblia na Igreja. São Paulo: Paulinas, 1994.
TOMKA M. Fundamentalismo, integrismo, seitas na Igreja. Concilium/279: 1999/1.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2021 Revista Estudos Bíblicos
This work is licensed under a Creative Commons Attribution 4.0 International License.