Religião e formação de classes na antiga Judeia

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Palavras-chave:

Classes, Tributos, Endividamento, Tradição patriarcal, Impérios, Escravidão

Resumo

Judeia: estudo sociorreligioso sobre a relação entre tradição e evolução social, de autoria do alemão Hans G. Kippenberg, cuja primeira edição é de 1978. A edição brasileira é de 1988, baseada na segunda edição alemã ampliada de 1982. O livro procura relacionar o conteúdo das tradições religiosas judaicas com a vida social dos judeus. Duas tendências antagônicas, isto é, a de formação de classes sociais e aquela da solidariedade, formam dois complexos divergentes de tradição que fundamentam os
conteúdos religiosos dos movimentos judaicos de resistência. O sistema de endividamento das famílias, especialmente camponesas, está na base desta análise. O sistema tributário imposto pelos helênicos e romanos acabou degenerando no crescente empobrecimento e escravização dos pequenos agricultores. O progresso social realizou-se contra as antigas tradições
da solidariedade. Enfim, o complexo tradicional rural-sacerdotal, sancionado por Neemias, como resistência à formação de classes, perdeu definitivamente sua força. Como reação, surgem os movimentos messiânicos e as revoltas, principalmente as dos Macabeus em 167-142 aC; a guerra de 66-73 dC; e a revolta de Bar Kosiba em 132-135 dC. Foi a tradição religiosa que serviu como elemento crítico face às situações novas criadas pela helenização, fazendo da salvação o direito dos oprimidos.

Biografia do Autor

Airton José da Silva, Faculdade do Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto, Brasil

Mestre em Teologia Bíblica (Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma), Graduado em Teologia (Pontifícia Universidade Gregoriana, Roma).

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Publicado

17/10/2021

Como Citar

DA SILVA, A. J. . Religião e formação de classes na antiga Judeia. Estudos Bíblicos, São Paulo, v. 30, n. 120, p. 413–434, 2021. Disponível em: https://revista.abib.org.br/EB/article/view/265. Acesso em: 25 abr. 2024.