O fundamentalismo
Palavras-chave:
Fundamentalismo ingênuo, Fundamentalismo perverso, Absolutismo, “Verdades divinas”, Método histórico-críticoResumo
Partindo de um fato corriqueiro, o artigo aponta para o absurdo da leitura fundamentalista ingênua. Logo em seguida aborda o fundamentalismo intencional e perverso, que se serve da interpretação ingênua e literal da Escritura para justificar preconceitos sociais, raciais e nacionais, guerras, fabricação e comercialização de armas e degradação do meio ambiente. Para conduzir ao entendimento do fundamentalismo ingênuo, que não deixa de ser radical e absolutista, o artigo percorre a história da interpretação da Sagrada Escritura desde as releituras encontradas na mesma Escritura, passando pelos Santos Padres, pela Reforma e Contrarreforma e chegando ao Iluminismo e ao estabelecimento do método histórico-crítico, com as reações e consequências que provocou. A mais grave reação foi a oficialização dos cinco princípios fundamentais que têm como alicerce a interpretação literal unívoca e absoluta. O fundamentalismo não admite método algum de interpretação nem os condicionamentos humanos dos autores. É uma busca de segurança em meio ao conflito das interpretações. Salva-se apenas a importância dada ao texto.
Referências
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